Considerações sobre o caos da identitade protestante.
Prof. Gustavo Custódio.
O trabalho pastoral no Brasil nunca enfrentou em sua história tamanha dificuldade para compor uma identidade religiosa no seu rebanho, isso deve-se a:
Velocidade com que membros de determinados grupos “pseudo-cristãos” fazem difundidas as suas idéias;
O caminho televisivo como a forma mais influênciavel para o discurso;
Uma forma de cristianismo nomâde, onde migra-se de denominação em denominação procurando a satisfação pessoal, denominando isto de “vontade de Deus”;
Crise teológica na formação de pastores e conseqüentemente uma orientação sem consistência aos membros;
Tolerância religiosa promulgada pelas novas comunidades, onde substitui-se o discurso apologético e polemista por um cristianismo descaracterizado de convicções;
Uma Hermenêutica relativista para dar novas bases morais no século XXI;
Pregações e pregadores com finalidade de animar e motivar o auditório;
Ênfase literária nos livros de conteúdo superficial;
Liturgia substitutiva para dar ênfase as músicas e não a palavra;
Forma humanista e não Teocêntrica do viver cristão, deixando Deus de lado nas atividades e conseqüências das ações humanas;
Estas breves descrições não limitam as dificuldades pastorais e sim expressam ao meu ver, as mais preocupantes. O caminho teológico que seque-se a esta estrutura de pensamento é a desconstrução do saber. Percorrendo a consistência teológica das Igrejas Históricas, nota-se que é neste período de caos que os grandes fundamentos foram estabelecidos, cabe a nós como Igeja do Senhor Jesus, firmar os ideais biblicos, frente a corruptibilidade de uma geração eclesiástica que aguarda respaldo e voz ativa de seus líderes.
Comentários
Além de tudo usam sua autoridade para manipular o povo, e qualquer que tente mostrar o contrário é "tratado como leproso e colocado fora do arraial".
O único exército que não socorre os feridos... infelizmente esta é a realidade que se vive, hoje.
Vejo muitos cristãos sinceros, que não sentem na Igreja um lugar de conforto e sim de confronto.
Sim há um PERIGO DE MORTE - na era do conhecimento é imperdoável que não ocorram mudanças significativas na estrutura coronelística que insiste em permear a Igreja do Senhor Jesus, que se viesse hoje, seria sem dúvida, crucificado como o foi pelos religiosos da época.
A religiosidade, manipulação, troca com Deus, é a maior realidade da Igreja, e isso é, sem dúvida, um sinal dos tempos...
Sofro com tudo isso e entendo que a única maneira de freiarmos isso é nos quedarmos aos pés do Senhor, todos nós, líderes e liderados, e nos humilharmos e buscarmos juntos a santa direção, que na verdade já está declarada na Palavra, mas que tbém tem sido manipulada ao bel prazer de pseudos-cristãos.
Enquanto isso não acontece, continuo indo à Igreja como os católicos vão, mais por obrigação do que por prazer...
Isso é o que está no meu coração... Posso ser honesta ou serei julgada por alguns?
No Senhor,
Lígia Márcia Lima – Minas Gerais
Vários amigos colocaram a mesma idéia que a sua, de ir a igreja por obrigação, não tendo prazer em lá estar, imagino que muitas igrejas se tornaram propriedades humanas e não do senhorio de Cristo. As pessoas procuravam Cristo porque tinham prazer de estar ao seu lado, Ele as atrai a si (não se esquecendo que muitos buscavam o seu próprio prazer e vontade). Creio que no momento que entendermos que não somos os senhores da igreja,e sim o administrador de dons que Cristo concede a Igreja, o próprio povo, cercado de um cuidado pastoral, cuidará de dar vida a Igreja.